Por Isadora Cristina Ribeiro – FEF/UNICAMP
A recomendação da Organização Mundial da Saúde é para ficarmos em casa a fim de reduzir a exposição e a transmissão do Covid-19. Essas diretrizes restringem a participação de atividades físicas em centros de treinamentos e atividades ao ar livre, sendo a maior preocupação das autoridades de saúde neste momento fazer a contenção do vírus. Entretanto, também devemos nos preocupar com a redução dos níveis de atividade física e aumento do sedentarismo, que leva a diversas doenças crônicas e pode contribuir com a sobrecarga do sistema de saúde.
Além disso, o isolamento social pode contribuir com o desenvolvimento de distúrbios psicológicos como depressão e ansiedade, que podem ser controlados com a prática regular de atividade física. E o exercício físico regular já se mostrou benéfico para populações saudáveis e com diversas doenças.
Logo, é necessário manter-se saudável, contribuindo com o bom funcionamento da função do sistema imunológico, evitando outros problemas de saúde e respeitando as recomendações de controle do Corona vírus. Deste modo, é necessário dar continuidade à prática de atividades físicas em casa.
Nesse sentido, podemos evitar comportamentos sedentários (passar muito tempo sentado ou deitado) e recomenda-se fazer o uso de plataformas online e de televisão para além do entreterimento, afinal nesses meios de comunicação são divulgados muitos vídeos, recomendações e dicas para manter-se ativo durante a quarentena. É necessário ser cauteloso com o conteúdo escolhido, priorizando prescrições confiáveis divulgados por profissionais da saúde e que garantam a sua segurança durante a prática. É válido lembrar que pessoas iniciantes ou com doenças cardiovasculares ou pulmonares crônicas devem procurar orientação de profissionais de saúde sobre quando é seguro se exercitar.
Os exercícios que podem ser realizados em casa incluem fortalecimento muscular (com metariais seguros como halteres, faixas elásticas ou com o peso do próprio corpo, tais como agachamentos, flexões e abdominais), atividades de equilíbrio, alongamento e flexibilidade (como ioga, por exemplo) e exercícios aeróbios (polichinelos, pular corda, ou quando possuir equipamentos: esteira ou bicicleta ergométrica). Afinal esses exercícios podem ser desenvolvidos sem necessidade de grande espaço e com nenhum ou com poucos materiais.
Isadora Cristina Ribeiro é Mestranda em Gerontologia e Educadora Física (UNICAMP), e Especialista em Treinamento Físico para Idosos e em Fisiologia do Exercício.
Imagem: Divulgação – Foto Kari Shea no Unsplash
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