Saúde

IRISINA: O hormônio do exercício que protege o Cérebro

A irisina é um hormônio que foi sugerido como protetor contra neurodegeneração da doença de Alzheimer. Através da proteção do sistema nervoso é capaz de diminuir a chance de desenvolvimento da demência. Sugere-se que seu efeito neuroprotetor ocorra devido ao impedimento do acúmulo da proteína beta-amiloide nos neurônios que leva a destruição das ligações sinápticas.

Outro fator que influência a proteção neural gerada pela Irisina é que ela está relacionada ao aumento da expressão de BDNF (Fator Neurotrófico Derivado do Cérebro), uma neurotrofina associada a melhora da função cognitiva, que quando em níveis elevados no cérebro favorece a plasticidade sináptica, protegendo os neurônios da neurodegeneração e auxiliando na formação da memória.

A Irisina é produzida a partir da contração muscular, isto é, o movimento a induz e libera na corrente sanguínea. Logo, uma estratégia para aumentar as concentrações de Irisina no sangue é fazer exercício físico. Estudos mostraram que o exercício físico e a Irisina estão associados ao aumento dos níveis de BDNF e a proteção de regiões cerebrais importantes na formação da memória.

Uma boa opção de exercício é o treinamento resistido (musculação), que exige muitas contrações musculares e pode aumentar as concentrações de Irisina e de BDNF. É válido destacar que para que esse estímulo ocorra devemos usar alta intensidade no treinamento. E que, apesar da Irisina também ser produzida com outros tipos de exercícios, existem evidências de que o treinamento resistido seja mais eficiente na indução desse hormônio.

Isadora Cristina Ribeiro

Doutoranda em Fisiopatologia Médica,

Mestre em Gerontologia – FCM

Educadora Física – FEF

UNICAMP

Imagens: Divulgação

Mais em: FEF-UNICAMP

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