Setor de estética lidera buscas por serviços online, impulsionado por plataformas que priorizam conveniência, confiança e agilidade.
Marcar um corte de cabelo, fazer as unhas ou encontrar um serviço de estética com poucos cliques — e sem precisar ligar para ninguém — se tornou prática comum entre os brasileiros. A digitalização dos serviços de beleza ganhou força nos últimos anos, impulsionada por um consumidor que valoriza agilidade, confiança e experiências personalizadas.
Esse movimento é visível tanto no comportamento do público quanto no crescimento do setor. De janeiro a setembro de 2024, mais de 170 mil pequenos negócios ligados à beleza — como salões, barbearias e lojas de cosméticos — foram abertos no Brasil, o equivalente a cerca de 700 novos estabelecimentos por dia, segundo levantamento do Sebrae.
A procura por serviços de beleza em plataformas digitais acompanha essa expansão. Cabeleireiros, esteticistas, manicures e barbeiros estão entre os mais buscados por usuários que optam por ferramentas que reúnem avaliações, portfólios, localização e formas de contato.
“O consumidor atual busca soluções rápidas e confiáveis. Plataformas digitais atendem a essa demanda ao oferecer praticidade e segurança na hora de encontrar prestadores de serviços”, afirma André Felipe da Silva, Gerente de Operações da Guia Fácil.
Estética em ascensão
O avanço digital no setor de beleza não é pontual. Em 2024, o comércio eletrônico de moda e beleza operado por pequenos e médios empreendedores teve um crescimento de 37% em relação a 2023, alcançando um faturamento superior a R$2 bilhões, de acordo com o estudo NuvemCommerce. A categoria superou outros segmentos do varejo online em desempenho.
Esse cenário de alta também se reflete no gasto individual com produtos de beleza. Uma pesquisa da Koin revelou que mais da metade dos brasileiros destinam entre R$151 e R$350 por mês para cuidados pessoais ligados à estética.
Plataformas e escolha consciente
Aplicativos e sites especializados têm facilitado o acesso a profissionais da beleza. Para o consumidor, as funcionalidades dessas plataformas — como filtros por localização, exibição de portfólios e reputação pública — ampliam a autonomia na hora da escolha.
A comparação entre prestadores se tornou parte do processo de decisão. Ver o trabalho de um cabeleireiro antes de procurá-lo pode pesar tanto quanto o preço ou a distância. “A possibilidade de ler opiniões de outros clientes proporciona uma escolha mais informada e personalizada”, diz a Camila Mafra Sarmento, Coordenadora de Customer Success.
A plataforma, por exemplo, funciona como um diretório de serviços. Ela permite que o usuário encontre prestadores por localização, consulte avaliações e acesse canais diretos de contato.
Segundo estimativas do Sebrae, o setor de beleza no Brasil está projetado para atingir US$ 32 bilhões até 2027, impulsionado pela digitalização e pela profissionalização dos prestadores.
Desafios da adaptação digital
Apesar do avanço, a transição para o ambiente online ainda apresenta barreiras para muitos pequenos profissionais da beleza. A adaptação tecnológica, o custo de presença digital e a necessidade de capacitação são desafios citados por especialistas do setor.
A entrada em plataformas exige mais do que abrir um perfil: é preciso saber gerenciar comunicação, responder clientes rapidamente e manter uma reputação positiva. “A digitalização é um caminho sem volta. Profissionais que investem em presença online têm mais chances de se destacar e fidelizar clientes”, avalia Bruna Canani, Analista de Marketing.
Um setor em transformação
A ascensão do digital no universo da beleza reflete uma reorganização mais ampla dos hábitos de consumo. A busca por praticidade e confiança deixou de ser diferencial e passou a ser pré-requisito. Ao reunir prestadores de serviços em um ambiente com filtros, reputação pública e acesso facilitado, as plataformas moldam uma nova experiência de autocuidado — mais ágil, mais transparente e, sobretudo, mais adaptada ao ritmo do consumidor contemporâneo.
Imagem: Divulgação
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