Música

Músico de JAGUARIÚNA leva ritmo para a Europa

Aos 23 anos, o jaguariunense Igor Crecci é o único da Região Metropolitana de Campinas (RMC) dentre os seis selecionados para o programa de intercâmbio gratuito para músicos Musicians and Organizers Volunteer Exchange (Move) e embarcou neste fim de semana para a Noruega, onde permanecerá por dez meses como professor voluntário. Nesse período, pretende se desenvolver como produtor musical e produzir instrumentos a partir da sucata e objetos recicláveis. Ex-alunos do Projeto Guri, mantido pela Secretaria da Cultura do Estado, os selecionados passaram por entrevista e testes, avaliados pelos critérios responsabilidade, habilidade musical, comunicação e atributos pessoais.

Crecci começou a estudar percussão no Projeto Guri aos 12 anos e, após seis anos, se tornou educador no Polo Pedreira. Ele também integrou o Grupo de Referência de Jundiaí – Orquestra Sinfônica por quase dois anos, e fez licenciatura em música no Centro Universitário Adventista de São Paulo (Unasp). “Gosto muito de percussão baiana e samba-enredo. Como a carga horária é extensa, pensei em fazer uma oficina, projetos curtos, com os ritmos brasileiros, como a Bossa Nova. Quero absorver muito do que eles têm para me ensinar também”, diz.

Como também já fez curso de sonorização e gravação, o percussionista também se interessa pelos recursos técnicos oferecidos na Noruega. “Quero trabalhar na produção e dirigir musicalmente o grupo. Isso pode ser uma boa oportunidade de trabalho para mim aqui, pois a demanda é grande e há poucas pessoas especializadas”, planeja Crecci, que também quer fabricar por lá instrumentos com materiais recicláveis, como é feito na banda Rádio Sucata, grupo artístico musical que integrava até semana retrasada. “Quero levar alguns desses instrumentos como tambor de raio X com lata, caxixi com garrafa pet. Preciso ver se isso será possível porque eles reciclam tudo por lá”, completa.

Mesmo depois de toda experiência que o aguarda, o jaguariunense promete continuar na RMC quando voltar. “Na nossa região tem uma demanda muito grande por estúdio, sonorização e produção musical. Lá o equipamento é de primeira e dá para ter uma noção real e tentar adaptar para nossa realidade”.

Mais em: AGEMCAMP-Cultura e ProjetoGURI

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