Diferentes abordagens de programação podem interferir também na capacidade de escalabilidade da automação.
A abordagem de programação utilizada em uma solução de RPA.
(Robotic Process Automation) é determinante para a velocidade da implementação e para que a automação de processos seja capaz de acompanhar o ritmo de crescimento da empresa. Opções baseadas em low-code são mais amigáveis e eficientes para dar escalabilidade.
Soluções low-code são aquelas nas quais os usuários podem criar automações e desenvolver aplicações mesmo sem conhecimento de programação. Isso torna o processo de customização mais ágil e facilmente escalável, além de simplificar a integração e a manutenção dos processos automatizados, mesmo em diferentes áreas e unidades de negócios.
“Escolher a solução de RPA errada pode travar o crescimento da empresa. Diferentes abordagens como high-code e low-code precisam ser entendidas em diferentes contextos, porque impactam na velocidade e complexidade da implementação, além da manutenção, que é um aspecto ainda mais crítico no médio e longo prazo. Uma plataforma de RPA precisa atender às necessidades de automação de processos imediatas e futuras, já pensando na escalabilidade para suportar o crescimento dos negócios”, alerta Rodrigo Gomes, Gerente Comercial da Selbetti Tecnologia.
“A programação utilizada para automação é um ponto muito sensível e que merece atenção. Tenho visto muitas empresas adotando soluções que chamam de RPA, mas não é um RPA de verdade, outras estão desenvolvendo em código Python, sem planejamento correto, e isso traz riscos operacionais que só vão aparecer mais adiante”, afirma Gomes.
O especialista também explica que soluções high-code podem ser adequadas para determinados contextos, mas que é preciso considerar que suas complexidades de programação as tornam lentas quando as demandas automatizadas precisam de manutenção. Além disso, no caso de desenvolvedores internos, a saída de membros da equipe com conhecimento sobre o código pode se tornar um transtorno para a empresa. “É importante entender que, na maioria das vezes, a automação é um processo sem volta. Uma vez que uma tarefa foi automatizada e teve ganhos de volume e qualidade, não é mais possível retornar para o manual. Seria financeiramente inviável. Por isso, o planejamento e a escolha da plataforma certa é tão fundamental e precisa considerar o longo prazo. Sem isso, há o risco de surgir um gargalo em algum ponto da evolução dos processos”, finaliza Gomes.
Imagem: Divulgação – Foto AdobeStock / DINO
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