Mercado chinês retomou o crescimento, enquanto as receitas na América do Norte caíram ligeiramente.
As bilheterias globais faturaram o valor recorde de 40,6 bilhões de dólares no ano passado, mostraram números da indústria nesta quarta-feira. A cifra mundial, reforçada por grandes produções como Star Wars: Os Últimos Jedi, A Bela e a Fera e Mulher Maravilha, marcou um aumento de 5% em relação a 2016, de acordo com a Motion Picture Association of America (MPAA).
Os números são vistos como um alívio para os executivos preocupados com o declínio das receitas estrangeiras em 2016, o primeiro em mais de uma década, com os estúdios americanos cada vez mais contando com a classe média crescente nas economias em desenvolvimento.
O relatório também mostra que as assinaturas de serviços de vídeo on-line em todo o mundo aumentaram, a 33%, chegando a 446,8 milhões. Os americanos, concluiu o relatório, agora gastam 49% de seu tempo com mídias em uma plataforma digital.
O recorde mundial de bilheteria foi impulsionado por um aumento de 7% nos mercados internacionais (29,5 bilhões de dólares), em grande parte devido à retomada do crescimento na China, que havia desacelerado em 2015. Japão, Grã-Bretanha, Índia e Coreia do Sul completam os cinco principais mercados internacionais.
Exibições no cinema aumentaram 8% em todo o mundo em 2017, atingindo pouco mais de 170.000, lideradas pelo crescimento contínuo na região Ásia-Pacífico.
Já a importante bilheteria de Estados Unidos e Canadá – que contava com 262 milhões de espectadores, ou a grande maioria dos 361 milhões de americanos e canadenses – caiu levemente em relação ao recorde de 2016, de 11,4 bilhões de dólares, para 11,1 bilhões de dólares.
O público entre 12 e 17 anos assistiu a uma média de 4,9 filmes – mais do que qualquer outro grupo etário, e seguido de perto pelo de 18 a 24 anos. E, provando que não é verdade o mito de que a diversidade não vende, a audiência per capita foi maior entre os públicos latino e asiático.
Imagem: ‘Star Wars: Os Últimos Jedi’ foi o filme de maior bilheteria do ano passado (Divulgação/VEJA.com).