Lazer

Férias escolares: é momento de redobrar a atenção com as crianças

Pediatra do Vera Cruz Casa de Saúde, Dr. Joaquim Junqueira, enumera acidentes mais frequentes com os pequenos e quais requerem mais cuidado.

“Foi desesperador, meu filho estava correndo pela casa quando virou e bateu a testa no tampo de vidro da mesa. Abriu um corte no meio da testa, entre os olhos, em cima do nariz, ele ficou inteiro cheio de sangue. Como estava nervoso, não conseguimos ver a profundidade e fomos direto para o pronto-socorro”, conta a empresária Joanna Niero, de 39 anossobre o filho, Pedro, de 3. “No PS, o pediatra avaliou que o corte não era fundo e que não precisaria de ponto, também fomos atendidos por uma cirurgiã plástica que analisou e disse que não ficaria marcas no local. Voltamos para a casa com as orientações de como medicar e fazer a limpeza do machucado até a cicatrização”, detalha.

Segundo dados da Sociedade Brasileira de Pediatria, no Brasil, estima-se que ocorram cerca de 200 mil acidentes domésticos por ano com crianças, como queimaduras, quedas e afogamentos. E, nas férias escolares, os índices aumentam em 25%. A pesquisa da ONG Criança Segura inclui os acidentes no trânsito na lista dos mais frequentes e aponta que 38% das mortes por acidentes com crianças são durante as férias. A mesma instituição acende um alerta: 90% deles poderiam ser evitados com medidas simples de prevenção.

Médico pediatra do Vera Cruz Casa de Saúde, Joaquim Junqueira, explica que os cortes na pele são um dos incidentes mais atendidos pela unidade. A indicação é procurar por atendimento médico caso haja a perda de muito sangue. “É importante lembrar que a região da cabeça é bastante irrigada e, no geral, pode apresentar sangramento excessivo. Nesses casos, recomendamos comprimir o ferimento com um pano limpo e levar para avaliação, para verificar a necessidade de uma sutura”.

Segundo Junqueira, acidentes envolvendo queimaduras, geralmente, apresentam muita dor e, se for de grande extensão, muitas vezes, precisam ser avaliados por um cirurgião plástico. “Jamais coloque qualquer tipo de pomada, pó de café ou pasta de dente. Apenas deixe o ferimento sob água corrente e leve a um pronto atendimento para avaliação”, alerta.

O pediatra relata ainda que traumatismos cranianos (TCE) também são comuns e são os mais preocupantes aos pais. “É normal que a criança chore durante o trauma. Se houver algum tipo de inchaço (os ‘galos’) no local, pode ser feita uma compressa com gelo para que haja uma diminuição”, orienta.

Ele faz um alerta: nas férias, os cuidados precisam ser redobrados e, em caso de acidentes, algumas situações merecem atenção especial. “Desmaio por mais de um minuto, aparecimento do ‘galo’ na região das orelhas e nas partes de trás da cabeça, convulsões, sangramentos auriculares e no nariz, choro irritado (aquele que não é o habitual da criança), dificuldade para andar ou falar, ausência de movimentos em qualquer parte do corpo, mais de quatro episódios de vômitos após alguma queda e sonolência fora do normal, também, precisam ser avaliados por um especialista”, destaca.

Para não levar outro susto, Joanna relata que, durante as férias escolares, toda a família entra na dança para ajudar nos cuidados com o filho. “É nessa idade, de dois a três anos, que se demanda mais atenção. Correm, sobem em tudo… E é perigoso dividir os cuidados com outras atividades, como trabalhar, por exemplo. Aqui, nos preparamos e incluímos a família toda no roteiro, além do clube de férias, que segue auxiliando no desenvolvimento do meu filho. Vou tirar férias por um período e contaremos, também, com a ajuda dos avós, tios e primos”.

Mais dicas

Com as crianças em casa por mais tempo, é imprescindível que os pais e familiares tenham mais cautela, em especial de modo preventivo, nunca deixando a criança sozinha em um ambiente não adaptado para a idade. E para que a diversão não acabe antes do tempo, Junqueira dá outras dicas: “se for brincar de bicicleta, skate, patins, sempre usar capacetes, tornozeleiras e cotoveleiras. Acidentes automobilísticos, queda de uma altura maior que um metro de altura ou de escadas com mais de quatro degraus também preocupam. Geralmente, os tropeços e as quedas da própria altura não costumam causar grandes complicações. Traumas em membros também são frequentes e fraturas, de modo geral, costumam apresentar intensa dor local, com ou sem inchaço. Tudo isso deve ser avaliado por ortopedista ou pediatra”.

Para evitar algo mais grave durante um acidente automobilístico, o médico reforça a necessidade de uso de cadeirinhas ou assentos. “Pela legislação brasileira, crianças só podem se sentar no banco dianteiro acima de 10 anos de idade e se tiverem mais de 1,40 m de altura. Todo acidente com velocidade acima de 40 km/hora que tenha causado um traumatismo craniano deve ser avaliado em um pronto atendimento, mesmo sem os sinais de alerta acima”.

Atendimento pediátrico

O Vera Cruz Casa de Saúde inaugurou recentemente uma unidade pediátrica, que ocupa um espaço de 525,34 metros quadrados e possui quatro salas de pronto atendimento, sala de triagem, de curativo para procedimentos e gesso, de medicação e inalação com três poltronas de medicação e dois berços, sala de emergência com duas macas, dois leitos de observação, uma sala de isolamento, uma de reavaliação, sala de espera médica e serviço de imagem (raio X, tomografia e ressonância).

O pronto atendimento é composto por médicos pediatras para atender desde os casos mais simples aos mais complexos, de urgência e emergência. Em quadros cirúrgicos e críticos, conta com o apoio da cirurgia infantil, que poderá ser chamada para avaliação pela equipe de plantão. A unidade conta ainda com uma equipe de médicos pediatras intensivistas para dar suporte 24 horas a oito leitos de UTI e plantonistas de manhã e à tarde para acompanhar desde a enfermaria.

Sobre o Vera Cruz Casa de Saúde

Tendo em mente a vocação de excelência de atendimento e conhecendo a confiança da população campineira em um tratamento especializado aliado ao zelo que permeia suas ações humanas, o Vera Cruz Hospital abriu, em maio de 2019, uma unidade onde, anteriormente, ficava a Casa de Saúde Campinas. Desde então, viabiliza a prestação de serviços por meio de ações de melhorias que abrangem desde a recuperação do edifício até adaptações dos quartos e consultórios, atualização dos equipamentos e contratação de pessoal, sem esquecer a relevância e a importância histórica do local. Com quase 800 colaboradores diretos e indiretos nas áreas de apoio (higiene, segurança, recepção e outras), administração (RH e financeiro, por exemplo) e assistenciais (médicos, enfermeiros etc.), o que antes era um hospital distinto pela expertise em especialidades múltiplas – neurologia, cardiologia, maternidade, fisioterapia, entre tantas outras –, passou a ser também notório por aplicar as melhores práticas de combate a epidemias e por sua capacidade de adaptabilidade em tempo recorde, com resultados comparáveis aos melhores serviços do Brasil e do mundo. Desde que se uniu à holding Hospital Care, o Vera Cruz busca a manutenção da excelência dos serviços, o crescimento sustentável da marca e uma padronização dos sistemas de gestão e treinamento de pessoal, abraçando a população de Campinas como um todo.

Imagens: Divulgação – Foto abertura, João Rafael no Unsplash

Mais em: Vera Cruz Casa de Saúde e WGO Comunicação

Imagem: Divulgação – Fachada do Vera Cruz Casa de Saúde / Foto Matheus Campos

Mais Acessadas

To Top