Aprenda uma rotina de hidratação para reverter o ressecamento das mãos, efeito da limpeza constante das mãos na pandemia do Coronavírus.
O Covid-19, além de colocar o país em quarentena, fez multiplicar a demanda por álcool em gel nas farmácias do Brasil inteiro. De acordo com a OMS (Organização Mundial de Saúde), ações úteis para evitar o contágio pelo vírus incluem lavar as mãos até a metade do pulso, usar álcool em gel 70%, evitar tocar olhos, nariz e boca, limpar com frequências objetos e superfície de contato, entre outros.
As farmácias provam que o aviso foi efetivo: o álcool em gel esgotou em muitas drogarias do Brasil. Porém, seu uso contínuo, embora essencial na luta contra a proliferação do Covid-19, deixa as mãos ressecadas. “O álcool em gel age como antisséptico, ou seja, inibe a proliferação de microorganismos. Seu uso frequente leva ao ressecamento da pele, então é muito importante, em épocas como essa, intensificar a hidratação”, explica a Dra. Ana Lívia Bagatini, médica especializada em dermatologia.
Não é só o álcool que seca a pele das mãos: o próprio sabonete, também muito recomendado durante épocas de surto de vírus, quando usado muitas vezes, pode ter esse mesmo efeito. É possível, porém, manter mãos macias e sedosas e estar segura do Coronavírus ao mesmo tempo: inclusive, os dois podem ser aliados. Já que não é possível diminuir o contato com produtos de limpeza pessoal nessa época, pode-se aumentar a proteção da pele dobrando o uso de cremes e protetores.
A aplicação do creme para as mãos deve ser feita após o álcool em gel secar. “Primeiro deve ser aplicado o álcool em gel, em seguida, depois que ele secar, aplicar o creme para as mãos. Depois, é recomendado que se passe o protetor solar, e por último, ainda, um repelente”, reitera a Dra. Ana Lívia.
O ressecamento das mãos, além de levantar questões estéticas, pode levar à descamação, envelhecimento precoce, irritações e até infecções. A hidratação, portanto, é uma medida de saúde, não só de beleza. “Uma boa rotina de hidratação mantém a integridade da camada de proteção cutânea e evita esses problemas”, afirma a Doutora.
O protetor solar, frequentemente lembrado quando se trata de rosto, não é lembrado com frequência quando se fala de proteção das mãos. Dra. Ana Lívia explica que costuma recomendar que seus pacientes passem o protetor solar nas mãos com a mesma frequência que o utilizam em outras áreas do corpo. “É uma região muito exposta. Esquecer de usá-lo nessa região pode levar ao afinamento e envelhecimento da pele da mão, surgimento de manchas e até câncer de pele”.
Profissionais de saúde, que já sofrem com o ressecamento das mãos devido à limpeza constante, tendem a trabalhar mais em épocas de crises de saúde, ficando mais ainda suscetíveis aos problemas que uma camada de pele enfraquecida podem trazer. Nesse caso, cremes que contenham em sua fórmula ingredientes como glicerina, ácido hialurônico, extrato de aveia, óleo de uva, entre outros ingredientes muito indicados para manter a hidratação, são recomendados.
Vale lembrar que o álcool em gel, para ser efetivo perante o vírus, precisa ter concentração de 70% de álcool. Produtos com maior concentração não matam o vírus, além de causar um ressecamento ainda maior da pele. Já o produto feito de forma caseira, além de não ser eficiente, pode ser perigoso. Em épocas de pandemia, limpeza e higiene devem vir em primeiro lugar, porém o cuidado com a saúde e o corpo devem continuar, prevenindo assim problemas futuros.
Sobre a Dra. Ana Lívia Bagatini
Médica pós-graduada em dermatologia, a Dra. Ana Lívia Bagatini atende em sua clínica em Mogi Guaçu. Participou do mutirão da Cruz Vermelha de São Paulo em 2016, e participa de diversas palestras e cursos nacionais e internacionais. Ana Lívia tem como objetivo ajudar o paciente a recuperar a autoestima e confiança. A médica realiza procedimentos modernos de acordo com as tendências do mercado, como injetáveis com ácido hialurônico, skinbooster, bioestimuladores, entre outros.
Imagens: Divulgação – foto abertura Milada Vigerova no Unsplash
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