Médicos do Vera Cruz Hospital, que conta com equipe multidisciplinar para tratar a condição, explicam como enfrentar a doença para melhorar a qualidade de vida.
A obesidade, distúrbio que envolve o excesso de gordura corporal como resultado do consumo calórico maior do que o corpo consegue queimar, por ser um problema crônico global e que precisa ser combatido desde a infância, ganhou um dia próprio, 4 de março, para a sua conscientização. Não é para menos, e Campinas é um exemplo: uma pesquisa realizada pela Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp apontou que adolescentes entre 10 e 14 anos estão com excesso de peso acima da média nacional, sendo 8,9% maior em meninos e 2,7% em meninas (entre os entrevistados acima do peso, 30,4% eram garotos e 22,1% garotas).
Marcelo Miranda, endocrinologista do Vera Cruz Hospital, explica que a maneira mais comum de definir a obesidade é pelo índice de massa corporal (IMC), calculado pelo peso em kg, dividido pela altura em metros, elevada ao quadrado. “Em crianças e adolescentes, o limite do IMC para definir a obesidade depende da idade, de acordo com uma curva. Nos adultos, ela é definida por IMC maior ou igual a 30 kg/m2. Há outras definições de obesidade baseadas na porcentagem de gordura corporal ou na circunferência abdominal, que podem ser mais úteis, mas ainda carecem de padronização”, esclarece.
Quando a pessoa está obesa, o tratamento é imprescindível, seja em consultório ou cirúrgico, e ter o apoio dos familiares e de uma equipe multidisciplinar qualificada faz toda a diferença para que o paciente consiga se cuidar. “Para auxiliar os pacientes, o Vera Cruz Hospital conta com um time que os orienta e acompanha, individualmente, a cada etapa, proporcionando mais clareza de como deve ser a rotina e os cuidados diários. Para os pacientes em que é necessária a cirurgia bariátrica, temos uma rede de profissionais para os cuidados de pré e pós-cirúrgico”, esclarece.
Números e fatos
A obesidade é um dos maiores problemas de saúde pública do mundo e afeta pessoas de todas as idades. De acordo com um estudo da Vigitel (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico), realizado em 2019, a cada cinco brasileiros, um está obeso; entre toda a população, mais da metade está acima do peso.
Dados do Ministério da Saúde também preocupam: nos últimos 13 anos, houve aumento de 72% no número de brasileiros obesos, devido a fatores como mudança no estilo de vida, má alimentação e sedentarismo. Em relação à obesidade infantil, estudos em conjunto com a Organização Panamericana da Saúde apontam que 13% das crianças brasileiras, entre cinco e nove anos de idade, têm obesidade, assim como 7% dos adolescentes na faixa etária de 12 a 17.
A nutricionista Adriana Passos, também do Vera Cruz, pondera que, por enquanto, a obesidade é maior nos adultos, mas o aumento entre as faixas etárias menores vem crescendo assustadoramente. “As crianças são mais ativas, o que as protege, parcialmente, do ganho de peso. Em algumas faixas etárias, como entre dois e três anos, é comum apresentar a ‘inapetência do crescimento’, conhecida como a desaceleração do crescimento e diminuição do consumo calórico. Porém, a partir dos cinco anos, se não houver o cuidado com a alimentação, o ganho de peso pode acontecer”, explica.
Cuidados para evitar a obesidade
A obesidade é causada por uma combinação complexa de fatores ambientais e comportamentais, disfunções hormonais e um forte componente genético, e que, quando não tratada, pode acarretar problemas graves, como cardiovasculares, diabetes, colesterol alto e a apneia do sono, que aumenta a dificuldade para respirar. A OMS (Organização Mundial da Saúde) estima que, em 2025, aproximadamente 2,3 bilhões de adultos ao redor do mundo estejam acima do peso, sendo 700 milhões com obesidade.
Para evitar a patologia, a nutricionista explica que a construção do paladar infantil deve começar aos seis meses, com introdução alimentar, por meio de hábitos saudáveis diários. “A criança pode ter alteração do paladar ao longo do crescimento, em fases diferentes, aceitar ou rejeitar certos alimentos. Porém, é obrigação e dever dos pais e cuidadores oferecer uma quantidade e variedade adequada de alimentos para que a criança tenha contato com a diversidade de sabores e texturas, aprimorando, assim, o paladar”, detalha.
No caso de uma criança obesa, Adriana esclarece que não se deve praticar restrições alimentares severas, pois pode haver prejuízo no crescimento. “Devemos oferecer mais alimentos in natura, refeições fracionadas ao longo do dia e reduzir alimentos processados. Manter a criança ativa, praticando esportes e brincando também ajuda”, pontua.
Para os adultos, diminuir a ingestão de alimentos processados é o primeiro passo no combate à doença, além de adequar o gasto energético ao consumo de calorias e incluir a prática de exercícios físicos. “As pessoas devem consumir alimentos com qualidade e na quantidade adequada, beber muita água e evitar o consumo de bebida alcoólica. Estamos no caminho certo quando descascamos mais e desembalamos menos”, conclui.
Sobre o Vera Cruz Hospital
Em 78 anos de existência, o Hospital Vera Cruz é reconhecido pela qualidade de seus serviços, capacidade tecnológica, equipe de médicos renomados e por oferecer um atendimento humano que valoriza a vida em primeiro lugar. O Vera Cruz dispõe de 167 leitos distribuídos em diferentes unidades de internação, em acomodação individual (apartamento) ou coletiva (dois leitos), UTIs e maternidade. A Instituição conta também com setores de Quimioterapia, Hemodinâmica, Câmara Hiperbárica Monoplace, Radiologia (incluindo tomografia, ressonância magnética, densitometria óssea, ultrassonografia e raio x), e laboratório com o selo de qualidade Fleury Medicina e Saúde. Em outubro de 2017, a Hospital Care tornou-se parceira do Vera Cruz. Em quatro anos, a aliança registra importantes avanços na prestação de serviços gerados por investimentos em inovação e tecnologia. Em médio prazo, o grupo prevê expansão no atendimento com a criação de dois novos prédios erguidos na frente e ao lado do hospital principal, totalizando 17 mil m² de áreas construídas a mais. Há 30 anos, o Vera Cruz inaugurou e mantém a Fundação Roberto Rocha Brito, referência em treinamentos e cursos de saúde na Região Metropolitana de Campinas, tanto para profissionais do setor quanto para leigos, e é uma unidade credenciada da American Heart Association.
Imagens: Divulgação – Foto abertura Towfiqu barbhuiya no Unsplash
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Imagem: Divulgação – Dra. Adriana Passos / Foto Matheus Campos
Imagem: Divulgação – Dr. Marcelo Miranda / Foto Matheus Campos