Eleição

Eleições 2022: entenda a relevância de um voto consciente

Professor de Ciências Políticas do UDF, Alan Camargo, explica sobre a importância da participação do indivíduo no período eleitoral e os primeiros passos para decidir o voto.

As eleições políticas estão chegando e para auxiliar a escolha, é necessário estudo de cada um dos candidatos e muita pesquisa. Mas no Brasil, muitas pessoas ainda têm dificuldades neste período e o que muitos não imaginam é que os votos são de extrema importância para o país, pois reflete em todo o contexto social, cultural, político e econômico.

Pensando neste cenário, para ajudar os brasileiros no preparo para eleger os próximos líderes do Brasil, o professor de Ciências Políticas do Centro Universitário do Distrito Federal, Alan Camargo, aponta que antes de tudo, é preciso entender o que são as eleições e o seu papel dentro dos regimes democráticos. Em largos termos, as eleições são um processo de escolha de representantes que, uma vez selecionados a partir de regras previamente estabelecidas, assumem cargos em nome daqueles que os escolheram.

Segundo o professor, com o alvorecer do século XX e a consolidação das formas republicanas, as eleições tornaram-se mais organizadas e ampliadas, incorporando tecnologias e setores cada vez mais diversos da sociedade. É importante reconhecer que as práticas eleitorais foram canalizadas como estratégias de legitimação inclusive de regimes ditatoriais e totalitários, cujos líderes, em quase sua maioria, foram escolhidos através do voto popular. Isso nos desperta à reflexão, portanto, quanto aos riscos das escolhas mal direcionadas ou inconscientes pelo eleitor.

De acordo com o Tribunal Superior Eleitoral, é necessário apresentar, no ato da votação, documentos com foto que identifiquem o eleitor. Junto aos mesmos, deve haver a apresentação do título de eleitor, entretanto, em vista da maior acessibilidade dos recursos digitais, o TSE vem aceitando a identificação feita pelo aplicativo e-Título. O alistamento eleitoral é obrigatório a todos os indivíduos com mais de 18 anos de idade, sendo possível optar pelo local mais próximo ou conveniente para votar.

Também é importante falar sobre a ausência na hora de realizar a votação. Segundo o professor Alan Camargo, o não comparecimento às urnas não acarreta ônus ao indivíduo. Porém, deixar de justificar a ausência pode trazer complicações. “Caso esteja fora do seu domicílio eleitoral, porém em território brasileiro, o indivíduo poderá acessar o aplicativo e-Título, o site do Sistema de Justificativa na Internet, ou preencher o Requerimento de Justificativa Eleitoral, disponível no site do TSE, nos postos de atendimento da Justiça Eleitoral, bem como nos locais de votação, para expressar os motivos de sua ausência. O prazo para tais providências é até 60 dias após cada turno” explica.

O docente finaliza pontuando a importância e necessidade de um voto esperto e bem estudado. Tendo em vista o exposto, fica clara a importância de que a escolha política seja feita de maneira consciente pelo eleitor. É preciso que os indivíduos reconheçam quais as dificuldades enfrentam em seu dia a dia, tais como falta de transportes públicos, desemprego, inflação, dentre outras, e tracem o que esperam como resposta do poder público. O próximo passo é conhecer a quais cargos políticos compete a iniciativa para solucionar tais problemas: deputados federais, deputados estaduais, senadores, governadores ou Presidente da República. Isso porque, no Brasil, a Constituição Federal atribui a cada um dos entes federados, competências diferentes para tratar das questões sociais.

“Uma vez identificados os problemas de sua realidade, as expectativas de mudança e os cargos responsáveis por tal decisão, cabe ao cidadão mapear os candidatos que apresentem propostas condizentes aos seus interesses. Recomenda-se o acompanhamento contínuo às redes sociais dessas figuras, de modo a conhecer seus feitos e propostas, bem como reconhecer a repercussão junto aos internautas. Outra fonte para a tarefa é o site do Tribunal Superior Eleitoral, onde constam oficializadas todas as candidaturas validadas pela Justiça Eleitoral. Esses elementos formam um arcabouço para que o eleitor tome de maneira mais consciente a decisão de seu voto em meio ao referido “mercado eleitoral” em que os pleiteantes buscarão conquistar a simpatia e a adesão do eleitor. Quanto mais convicto de sua escolha, menores serão as chances de vender seu voto ou contribuir para fraudes e desvios da finalidade eleitoral”, conclui Alan Camargo.

Sobre o UDF – Criado em 1967, o Centro Universitário do Distrito Federal (UDF) é a primeira instituição particular de ensino superior da capital do Brasil. Instituição tradicional no ensino de Direito, o UDF conta também com cursos respeitados na área de negócios, da saúde e de tecnologia, além de oferecer cursos de pós-graduação lato e stricto sensu, e programas de extensão voltados à comunidade externa. Pertence ao grupo Cruzeiro do Sul Educacional, um dos mais representativos do País, que reúne instituições academicamente relevantes e marcas reconhecidas em seus respectivos mercados, como Universidade Cruzeiro do Sul e Universidade Cidade de São Paulo – Unicid (São Paulo/SP), Universidade de Franca – Unifran (Franca/SP), Centro Universitário do Distrito Federal – UDF (Brasília/DF, Centro Universitário Nossa Senhora do Patrocínio – Ceunsp (Itu e Salto/SP), Faculdade São Sebastião – FASS (São Sebastião/SP), Centro Universitário Módulo (Caraguatatuba/SP), Centro Universitário Cesuca (Cachoeirinha/RS), Centro Universitário da Serra Gaúcha – FSG (Bento Gonçalves e Caxias do Sul/RS), Centro Universitário de João Pessoa – Unipê (João Pessoa/PB), Centro Universitário Braz Cubas (Mogi das Cruzes/SP) e Universidade Positivo (Curitiba e Londrina /PR), além de colégios de educação básica e ensino técnico.

Imagem: Divulgação – Foto Cyrus Crossan no Unsplash

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