Eu estava no mesmo lugar que ele e de repente puf, ele sumiu. Não podia acreditar. Como alguém some diante dos nossos olhos? Procurei um alçapão, uma corda, uma janela, algo que pudesse me indicar que havia um esconderijo secreto, porém não encontrei. Minha frustração só aumentava. Como me livrar do dragão devorador de almas.
Ouvi uma abelha zunindo no meu ouvido. Bzzz! Mas que droga! Isso é hora de aparecer um inseto. Eu me agitava e balançava as mãos diante daquela criaturinha tentando me livrar dela, sem sucesso. Eu precisava voltar a procurar meu marido e sair daquele lugar. Estávamos presos, mas eu não tinha perdido a esperança.
Pronto! Tirei o sapato e o segurei firme. Preparei-me para derrubar a maldita abelha. Levantei o braço bem devagar e esperei que ela vir em minha direção. Bzzzt! Ela ficou fora do alcance da minha mão, parada olhando fixamente para mim. Parecia querer dizer-me algo. Dei um passo à frente e a acertei. Paft! A abelha foi ao chão causando um enorme estrondo. Crash! Quando vi não era o inseto, mas sim meu marido, atordoado, todo machucado, estendido ali no chão e na parede o Dragão pronto para nos engolir. Clomp!
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Mais em: Nilsa M. Souza