Saúde

Dia Nacional da Doação de Órgãos: BRASIL é o segundo país que mais transplanta órgãos no mundo

Docente do curso de Enfermagem do Centro Universitário UniMetrocamp Wyden explica que, mesmo sendo um dos pioneiros no assunto, país ainda enfrenta entraves para a doação de órgãos.

O dia 27 de setembro marca o Dia Nacional da Doação de Órgãos. Uma data de extrema relevância para reforçar uma atitude simples que salva vidas todos os dias no Brasil e em todo o mundo. O recente caso do transplante de coração realizado pelo apresentador de TV Fausto Silva, o “Faustão”, trouxe destaque às questões referentes à doação de órgãos e reforçou a importância da população se engajar na discussão do tema.  De acordo com o Ministério da Saúde, em 2021, foram feitos cerca de 23 mil transplantes no país. Hoje o Sistema Único de Saúde – SUS tem o maior programa público de transplante do mundo, realizando quase 87% dos transplantes de órgãos no Brasil, país com recursos públicos.

Apesar dos dados positivos, o Brasil enfrenta alguns entraves que atrapalham a doação de órgãos. O principal deles ainda é a resistência familiar. “Muitas pessoas ainda têm dúvidas ou desconhecem o processo de doação de órgãos e os benefícios de salvar vidas por meio dessa ação. A morte de um ente querido é um momento extremamente emocional e estressante. As famílias ficam sobrecarregadas pela dor e pelo luto, o que pode dificultar a tomada de decisões racionais e informadas”, explica Hellen Fernandes, Professora Doutora do curso de Enfermagem do Centro Universitário UniMetrocamp Wyden. “Para enfrentar e abordar a recusa familiar para a doação dos órgãos é necessária uma abordagem multidisciplinar que combine educação, sensibilidade cultural e apoio emocional, além de treinamento aos profissionais de saúde para lidar com esse momento tão delicado que é a captação”, complementa a Professora.

Outras dificuldades, como a falta de infraestrutura e a logística, também podem influenciar a realização da doação de órgãos e seu posterior transplante. A logística envolvida na doação e no transporte de órgãos é complexa e pode ser um desafio, especialmente em um país de dimensões continentais como o Brasil. A falta de cooperação entre hospitais, equipes médicas e órgãos reguladores também pode ser um entrave, afetando a eficiência do processo de doação e transplante.

Fila Única dos Transplantes: como ela funciona?

A Fila Única de Transplantes é um sistema de alocação de órgãos que tem como objetivo tornar o processo de transplante mais justo e eficiente. No Brasil, esse sistema é gerenciado pelo Sistema Nacional de Transplantes (SNT) e é conhecido como “Central de Transplantes” ou “Central Nacional de Transplantes”. Mas afinal, como essa fila funciona?

– Cadastro: Quando um paciente é diagnosticado com uma condição médica que requer um transplante de órgão, ele é cadastrado no sistema de lista de espera. Os pacientes são avaliados e classificados com base em critérios médicos, como gravidade da condição, compatibilidade com o órgão e tempo de espera.

– Gravidade e urgência: Os pacientes mais graves e urgentes recebem prioridade na fila de transplante. Isso significa que aqueles cuja vida está mais em risco devido à falta do órgão terão prioridade no momento da alocação.

– Compatibilidade: A compatibilidade entre o doador e o receptor é um fator importante na alocação de órgãos. Os órgãos são compatibilizados com base em critérios como tipo sanguíneo, tamanho do órgão e compatibilidade imunológica.

– Localização: A localização geográfica dos pacientes e dos órgãos disponíveis também é considerada. Normalmente, os órgãos são alocados primeiro para pacientes na mesma área geográfica em que o órgão se encontra, a fim de reduzir o tempo de transporte e manter a qualidade do órgão.

– Lista única: O sistema de fila único geralmente opera de forma transparente e centralizada. Isso significa que os órgãos são alocados com base em critérios predefinidos e não estão disponíveis influenciados por fatores como status social, financeiro ou fama.

– Transparência e ética: A alocação de órgãos é feita de acordo com diretrizes éticas e médicas rigorosas. É importante garantir que o processo seja transparente e justo para todos os pacientes na fila de espera.

– Monitoramento e atualizações: Os pacientes na lista de espera são monitorados regularmente para garantir que os critérios de priorização continuem refletindo suas necessidades médicas. À medida que a condição de um paciente muda, sua posição na lista de espera pode ser ajustada de acordo.

“A fila única de transplante é projetada para garantir que os órgãos sejam alocados de forma justa e eficaz, priorizando pacientes com maior necessidade clínica. Ela é gerenciada por equipes de profissionais de saúde especializados em transplantes e é fundamental para o sucesso desse tipo de procedimento”, explica a Professora Hellen.

Doador de órgãos: quais são os tipos de doadores e o que é preciso fazer para se tornar um doador? 

Existem dois tipos de doador de órgãos: aqueles que fazem doação em vida, que podem doar um rim, medula óssea, parte do fígado e parte do pulmão e o doador já falecido, que pode salvar vidas através da doação de coração, pulmão, fígado, rins, pâncreas, córneas, intestino, pele, ossos e válvulas cardíacas. Pacientes com diagnóstico de tumores malignos, doença infecciosa grave aguda, doenças degenerativas crônicas ou algumas doenças infectocontagiosas (como HIV, hepatites B e C e Doença de Chagas) não podem ser doadores de órgãos.

Para que uma pessoa seja oficialmente considerada uma doadora de órgãos, o primeiro passo é falar com os familiares e deixá-los cientes desse desejo, já que num caso de falecimento, a autorização da doação é feita por escrito por familiares de até segundo grau.

Uma outra forma de tornar-se doador de órgãos é através da inscrição em um dos registros oficiais de doadores. No Brasil, o registro de doadores é feito por meio do Sistema Nacional de Transplantes (SNT), que é vinculado ao Sistema Único de Saúde (SUS). O cadastro pode ser feito por meio do site oficial ou em postos de atendimento autorizados.

Um projeto de lei (PL 3.616/2019) está em aprovação na Câmara dos Deputados para alterar o Código de Trânsito Brasileiro e incluir o tipo sanguíneo, o fator Rh e a condição de doador ou não de órgãos na carteira de motorista. Desta forma, após a tornar-se lei, a família não precisará decidir sobre a doação dos órgãos numa situação de falecimento, cumprindo apenas o desejo já manifestado em vida pelo possível doador em sua CNH.

“É importante lembrar que a conscientização sobre a doação de órgãos deve ser contínua e feita durante todo o ano e não depender apenas de casos individuais, como o do Faustão. Campanhas de conscientização, educação pública e esforços contínuos para esclarecer mitos e equívocos sobre a doação de órgãos são muito importantes para aumentar o número de doadores e salvar vidas”, finaliza Hellen

Sobre a Wyden

A Wyden Educacional é uma rede nacional de ensino superior com presença nas Regiões Norte, Nordeste e Sudeste do País. São mais de 40 mil alunos em cursos disponibilizados em diferentes formatos, do presencial ao EAD. Entre as áreas estão as de gestão e negócios, engenharias e ciências da informação, artes, ciências, saúde, mídia e tecnologia. Qualidade de ensino e boa infraestrutura são dois pilares importantes para todas as instituições da marca. A Wyden acompanha também as melhores práticas da academia e do mercado para sustentar sua posição de referência de ensino nas regiões onde atua.

Sobre o Centro Universitário UniMetrocamp Wyden

O Centro Universitário UniMetrocamp Wyden é referência em educação com qualidade e inovação desde 2002, oferecendo aos alunos educação de padrão internacional, por meio de um corpo docente especializado, infraestrutura de nível mundial – com 29 laboratórios para os cursos específicos, de última geração, 15 laboratórios de informática, 05 clínicas de saúde, bibliotecas com acervo atualizado e salas de aula modernas – além de programas de suporte ao aluno (Care) e programas internacionais, como curso de inglês, intercâmbio e palestras com professores estrangeiros. Com 18 anos de experiência em Campinas/SP, a instituição investe constantemente para formar cidadãos profissionais com experiência de aprendizado internacional, capazes de suprir as demandas do mercado de trabalho, bem como atingir seus objetivos educacionais e de carreira.

Cursos e estrutura

O Centro Universitário UniMetrocamp Wyden possui 27 cursos de graduação e 38 cursos de Pós-Graduação nas áreas de Arquitetura, Comunicação, Design, Direito, Engenharia, Gastronomia, Gestão e Negócios, Saúde, Tecnologia e Educação. Com mais de 14 mil m² de infraestrutura de padrão internacional, a faculdade possui 29 laboratórios de cursos específicos, com equipamentos de última geração, 15 laboratórios de informática, 05 clínicas de saúde, 77 salas de aula modernas e equipadas com ar-condicionado e 1 auditório com capacidade para cerca de 250 pessoas.

Imagens: Divulgação

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Imagem: Divulgação – Hellen Fernandes – Professora Doutora do curso de Enfermagem do Centro Universitário UniMetrocamp Wyden.

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