Filme gravado em pontos históricos de Campinas aborda questões sociais.
O curta-metragem “Entre Campinas e Rios de Sangue”, de Vivi de Paula e Miguel Passará, será lançado nesta quinta-feira (21), às 12 horas, no Youtube. Com direção de vídeo de Rayssa Gabriela e direção de atores e atrizes por Jeniffer Éffe´s, a obra utiliza locações emblemáticas de Campinas para discutir questões como saúde mental, racismo, colorismo, espiritualidade e a importância de valorizar as próprias raízes. Entre os pontos históricos estão a Prefeitura, a Igreja do Carmo, a Praça Bento Quirino e ruas no entorno do centro da cidade. O filme estará disponível no Canal Miguel Passará.
De acordo com Vivi, a narrativa aborda a relação entre identidade e pertencimento, focando especialmente nas experiências de corpos pretos e pardos. “A produção explora como essas vivências influenciam a autoestima, as relações afetivas, a conexão com a espiritualidade e a ancestralidade”, enfatiza a autora.
“Entre Campinas e Rios de Sangue” examina a importância de reconhecer e valorizar a própria história para fortalecer a autoconfiança e estabelecer limites que previnam a perpetuação de violências. A obra destaca a história de Campinas como um cenário emblemático, onde essas questões se desdobram, trazendo à tona a necessidade de conexão com o sentir e com a espiritualidade”, acentuam os autores.
“A saúde mental é um tema crucial, especialmente quando se trata de corpos marginalizados. Reconhecer nosso valor, honrar nossa história e valorizar nossos sonhos nos empodera diante dos desafios de uma sociedade adoecida”, pontua Vivi. Ela acrescenta que quando o ser humano se posiciona sobre quem é, a resistência se manifesta de maneira sólida, permitindo enfrentar adversidades sem adoecer. “Entre Campinas e Rios de Sangue” é uma celebração do empoderamento, da resiliência e da memória, convidando o público a uma reflexão profunda sobre a relação de pessoas pretas e pardas com o pertencimento.
Sobre os autores
Vivi de Paula é atriz, escritora, e-learning designer, educadora, roteirista, performer, pesquisadora em literatura negra e nômade digital. Escreveu os livros “Flores Roxas” e “Nem toda divindade tem asas” e participou de mais de oito antologias com contos, poemas e crônicas. Já viajou por mais de 20 países pesquisando literatura negra, é ativista e multiartista diariamente, graduada em Letras na PUC-Campinas e especializada na área textual no Mackenzie, na Unicamp e na UFBA.
Miguel Passará é cantor, rimador, MC, poeta e possui diversos lançamentos musicais contendo narrativas sobre autoconhecimento, consciência social, ambiental e espiritualidade. Ele lidera diversas iniciativas culturais e é fundador do movimento cultural “Slam Voz e Arte”. Como educador, organiza oficinas e cursos, abrangendo desde o rap até a meditação, atuando em escolas públicas e ONGs. Desenvolveu o “Oráculo da Autenticidade”, que promove reflexões a partir de performances nas ruas da cidade.
Ficha técnica
Miguel Passará – Diretor, ator, roteirista e editor de vídeo
Vivi de Paula – Atriz, roteirista e revisora textual
Felipe Caruso – Captação de áudio em estúdio
Rayssa Gabriela – Gravação e direção de vídeo e de cena
Jeniffer Éffe´s – Direção de atrizes e atores
Sinopse:
O curta-metragem “Entre Campinas e Rios de Sangue” explora de forma profunda e sensível a relação entre identidade, pertencimento e a história de corpos pretos e pardos em um contexto urbano. Com roteiro de Vivi de Paula e Miguel Passará, a obra utiliza locações emblemáticas de Campinas para discutir questões como saúde mental, racismo, colorismo, espiritualidade e a importância de valorizar as próprias raízes.
A narrativa aborda como essas vivências impactam a autoestima, as relações afetivas e a resistência diante das violências sociais. Em apenas sete minutos, o curta convida o público a refletir sobre o poder de reconhecer a própria história e os limites necessários para enfrentar as adversidades de uma sociedade adoecida. “Entre Campinas e Rios de Sangue” é uma celebração de resiliência, memória e autoconfiança, promovendo o empoderamento de corpos marginalizados.
Imagens: Divulgação
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