Cinema

Bingo, o palhaço demoníaco

Filme inspirado na vida de um ator que interpretou o palhaço Bozo é uma dessas erupções criativas que às vezes chacoalham a produção nacional

Montador de Cidade de Deus, trabalho pelo qual foi indicado ao Oscar, Daniel Rezende estreia na direção de um longa-metragem com outro filme que representa uma erupção de criatividade na produção nacional: Bingo – O Rei das Manhãs. É quase uma cinebiografia: a inspiração para o protagonista é Arlindo Barreto, que viveu o palhaço Bozo nos programas infantis do SBT na década de 80 e desceu fundo no poço do álcool e da cocaína. O personagem do filme, porém, vai além de seu modelo: ao assumir a persona do palhaço Bingo, o ator Augusto Mendes – magistralmente encarnado por Vladimir Brichta – dá vazão ao íncubo que o atormenta e põe tudo abaixo, no palco e fora dele. Resenha de Isabela Boscov, em VEJA desta semana, mostra como Bingo acertou o tom no seu retrato de uma faceta pouco conhecida do mundo pop brasileiro do século passado.

Mais em : VEJA

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