A técnica minimamente invasiva já se consolidou como uma alternativa segura para emagrecimento e o controle de comorbidades, com uma reabilitação acelerada e menos complicações.
A luta contra a obesidade é uma realidade para milhões de pessoas ao redor do mundo, e as opções para perda de peso evoluíram muito ao longo dos últimos anos. A cirurgia bariátrica tem sido amplamente utilizada como uma das soluções mais eficazes, mas carrega riscos e um período prolongado de recuperação. A Gastroplastia Endoscópica (ESG) já é uma técnica consolidada e amplamente adotada como uma alternativa minimamente invasiva para quem deseja perder peso de forma eficiente e com menos riscos.
A ESG, que já está em prática há mais de uma década nos Estados Unidos e foi introduzida no Brasil há cerca de sete anos, é um procedimento endoscópico que reduz o tamanho do estômago sem necessidade de cortes. Por meio de um endoscópio inserido pela boca, o médico realiza suturas internas no estômago, diminuindo sua capacidade de armazenamento de alimentos. O procedimento, que é feito em 1 hora, permite que o paciente tenha alta no mesmo dia, sem a necessidade de internação ou cicatrizes.
Recuperação rápida e menos riscos
Para Harley Pandolfi, mestre em Cirurgia do Aparelho Digestivo pela USP e especialista em Endoscopia Digestiva, a ESG se destaca por sua segurança e rápida recuperação. “A ESG não envolve incisões, o que reduz drasticamente o tempo de recuperação e minimiza os riscos de complicações. A maioria dos pacientes consegue retomar suas atividades cotidianas em poucos dias, diferente das cirurgias tradicionais, que exigem um tempo muito maior de recuperação”, destaca Pandolfi.
Estudos também confirmam a segurança do procedimento. De acordo com uma pesquisa publicada na Gastrointestinal Endoscopy (GIE), apenas 0,5% dos pacientes que passaram pela ESG apresentaram complicações leves. “Isso faz da ESG uma opção altamente atrativa para quem busca uma solução segura e eficiente para emagrecer sem os riscos associados a cirurgias invasivas”, complementa o médico.
Benefícios além da perda de peso
A ESG não apenas promove a perda de peso de forma sustentável – com pacientes perdendo em média 16,5% do peso corporal total em um ano –, mas também melhora significativamente as condições de saúde relacionadas à obesidade, como o diabetes tipo 2 e a hipertensão. Um estudo publicado na revista Obesity Surgery revelou que 64% dos pacientes diabéticos que realizaram a ESG alcançaram remissão completa da doença, e mais da metade dos hipertensos tiveram a pressão arterial controlada.
“O controle de comorbidades é um dos maiores benefícios da ESG”, explica Harley Pandolfi. “A perda de peso significativa, associada à melhoria de condições como diabetes e hipertensão e até mesmo da saúde emocional, faz desse procedimento uma excelente alternativa para pacientes que precisam controlar não apenas o peso, mas também as doenças associadas à obesidade”, destaca o especialista.
Um tratamento consolidado
A Gastroplastia Endoscópica não é uma técnica nova ou em fase experimental. Após mais de uma década de uso nos Estados Unidos e sete anos no Brasil, a ESG já é uma solução consolidada e amplamente praticada no tratamento da obesidade. “Essa técnica abriu novas portas para pacientes que antes temiam as cirurgias tradicionais. A ESG é uma solução prática e segura para a perda de peso e o controle de doenças relacionadas à obesidade”, afirma Harley Pandolfi.
Com base nas evidências clínicas e nos resultados alcançados, a ESG se tornou uma alternativa eficaz e segura para quem busca emagrecer sem enfrentar os desafios de uma cirurgia invasiva. Para muitos pacientes, é a solução ideal para adotar um novo estilo de vida saudável e equilibrado, sem os riscos e as complicações de procedimentos cirúrgicos.
Imagem: Divulgação – Foto AllGo – An App For Plus Size People no Unsplash
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