Má alimentação, histórico familiar, baixo consumo de cálcio, ingestão baixa em cálcio, além da obesidade e o sedentarismo contribuem para o surgimento da doença.
Março Azul-Marinho é mês de conscientização, diagnóstico e tratamento precoce na luta a favor da vida e contra o câncer de intestino ou colorretal. Segundo o Instituto Nacional do Câncer, o câncer colorretal é um dos três tipos de cânceres que mais atingem os brasileiros, sendo o 2º mais frequente em homens e o 3º mais frequente em mulheres. Em 2020, cerca de 50 mil pessoas receberam o diagnóstico da doença, sendo 20.520 homens e 20.470 mulheres. Entre esses, quase 20 mil morreram por causa da doença.
O câncer colorretal é caracterizado por tumores no intestino grosso (o cólon) e no reto, e acomete homens e mulheres acima de 60 anos. Está relacionado ao hábito de vida das pessoas, é tratável e curável na maioria dos casos.O cirurgião e endoscopista do Hospital São Francisco de Mogi Guaçu, Dr. João Conrado Bueno dos Reis, explica que a doença é curável se diagnosticada em estágios iniciais. “Os testes de triagem, com a finalidade de detectar pequenos sangramentos provenientes de pólipos – lesões pré cancerosas, e tumores do cólon, reduzem a incidência do câncer colorretal. É importante fazer a prevenção, realizar os exames de rotina, porque o diagnóstico precoce salva vidas”, diz o médico.
A doença geralmente apresenta desconforto abdominal persistente e é preciso atenção em sintomas como: Cólicas, gases ou dor, sangramento retal ou nas fezes, perda de peso inexplicável, fraqueza ou fadiga; náuseas e vômito, além de mudança nos hábitos intestinais, incluindo diarreia ou constipação. Contribuem para o surgimento da doença uma má alimentação, histórico familiar, baixo consumo de cálcio e fibras, além da obesidade e o sedentarismo. O tratamento depende de fatores como tamanho, localização e extensão do tumor. Geralmente a cirurgia é o tratamento inicial e, em seguida, a radioterapia, associada ou não à quimioterapia. Muitas vezes, em casos de achado endoscópico precoce, o próprio tratamento através de retirada endoscópica poderá resolver sem a necessidade de cirurgia convencional.
A investigação da doença é realizada por meio de exames, com indicação para pessoas a partir de 50 anos em caucasianos( brancos), no caso das pessoas negras, exame a partir dos 40 anos. Quem tem um familiar próximo com histórico da doença, como pai, mãe ou irmão, deve ficar alerta e fazer o exame com idade 10 anos inferior à de quando o câncer se manifestou no familiar.
O Hospital São Francisco de Mogi Guaçu tem à disposição dos pacientes alguns exames que auxiliam no diagnóstico do câncer. A colonoscopia é realizada com um aparelho chamado colposcópio, onde um tubo é introduzido pelo ânus (através de sedação anestésica) e filtra o interior do intestino avaliando e detectando possíveis alterações como pólipos, câncer e doenças inflamatórias intestinais.
As novidades ficam por conta de testes que pesquisam sangue nas fezes, chamados de pesquisa de sangue oculto fecal. Um mais antigo, o teste do Guaiaco e um mais recente e preciso, chamado de F.I.T (o teste Imunoquímico fecal). O teste do Guáiaco indica a presença de substâncias com atividade de peroxidase, como o grupo heme da hemoglobina. O positivo do exame é proporcional à quantidade de heme fecal, que, por sua vez, está relacionada ao tamanho e à localização da lesão hemorrágica. A eficiência deste teste varia de acordo com a ingestão de certos alimentos ou medicamentos.
O outro é o teste Imunoquímico que utiliza anticorpos monoclonais direcionados contra a hemoglobina humana. Esse exame apresenta muitas vantagens quando comparado com o teste baseado no Guáiaco, pois é específico para a hemoglobina humana, o que torna desnecessária a restrição ao uso de alguns medicamentos e a recomendação de dieta restritiva prévia à coleta.
Independentemente do teste utilizado, a recomendação da American Cancer Society preconiza a pesquisa de sangue oculto fecal como rastreamento populacional e a colonoscopia como prevenção para todos pacientes onde a incidência é maior.
Sobre o Hospital São Francisco de Mogi Guaçu
Com mais de 30 anos de história, o Hospital São Francisco teve seu início em 1986 com um grupo de médicos que partilhavam do mesmo objetivo de criar um hospital moderno, com equipamentos inovadores e aliado a um atendimento de qualidade que preza pelo conforto e bem-estar de seus pacientes. O projeto inicial com 35 médicos-sócios hoje conta com mais de 100, além dos mais de 700 funcionários, 7.500 atendimentos no pronto atendimento e as 600 cirurgias realizadas mensalmente.
Imagem: Divulgação – Foto National Cancer Institute no Unsplash – Genotipagem e sequenciação de DNA. Um técnico do Laboratório de Pesquisa de Genômica do Câncer, parte da Divisão de Epidemiologia e Genética do Câncer do Instituto Nacional do Câncer (DCEG), lava matrizes usadas em estudos de associação do genoma (GWAS). Esses estudos procuram no genoma pequenas variações, chamadas polimorfismos de nucleotídeo único ou SNPs, que ocorrem com mais frequência em pessoas com uma doença específica do que em pessoas sem a doença.
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