Em janeiro deste ano, o hospital já registrou 362 pedidos, o dobro, em comparação ao mesmo período em 2023, quando registrou 182 exames.
Campinas é uma das cidades brasileiras que também está enfrentando um desafio crescente e preocupante em relação ao aumento dos casos de dengue. Em 2023, foram 11.465 casos com 3 óbitos. Neste ano, já são 2.124 casos confirmados. O Hospital e Maternidade Madre Theodora praticamente dobraram o número de atendimento dos casos suspeitos da dengue. O número saltou de 182, registrado em janeiro de 2023, para 362 pedidos de exames na mesma época deste ano.
A infectologista, Adriana Feltrin, aponta que 2024 será um ano desafiador, por estarem circulando os sorotipos 1, 2 e 3 simultaneamente no município, o que aumenta a chance de mais casos e com maior gravidade. Lembrar que o sorotipo 2 não circulava desde 2021 e o sorotipo 3, desde 2009.
A dengue é uma doença febril aguda que pode apresentar formas leves e autolimitadas até formas graves que podem evoluir para óbito, principalmente, em pessoas mais vulneráveis: idosos, crianças, gestantes, portadores de doenças crônicas e imunossuprimidos.
O Brasil adotou em 2014 a classificação de casos de dengue, revisada pela OMS, em grupos A, B, C e D, conforme presença ou não de sinais de alarme, presença ou não de sangramento espontâneo, sinais de choque e disfunção de órgãos.
Pacientes que apresentem febre associada a cefaleia, adinamia, mialgias, artralgias e à dor retro-orbitária devem estar alertas para procurar o serviço de saúde para avaliação médica e orientações. Náuseas e vômitos podem estar presentes, assim como a diarreia. O exantema aparece em 50% dos casos. Na presença de sinais de alarme como dor abdominal, vômitos persistentes, lipotimia, sangramento de mucosa, o paciente deve procurar assistência médica.
O paciente com suspeita ou diagnóstico de dengue deve ser orientado sobre os sinais de alarme para retorno médico e manter a hidratação durante todo o período febril e por até 24 a 48 horas, após a defervescência da febre.
E como forma de evitar a infecção, a sociedade precisa se conscientizar do seu papel e responsabilidade sobre os cuidados para combater o mosquito transmissor, eliminando criadouros, manter garrafas vazias, baldes virados para baixo, não deixar entulhos acumulando água das chuvas, cobrir as caixas d’água, manter calhas limpas, colocar areia nos pratos de vasos de plantas, guardar pneus em locais cobertos, tampar ralos pouco usados e jogar água sanitária uma vez por semana, permitir que o agente de saúde visite seu domicílio na procura de criadouros, além de evitar a infecção com o uso de repelentes.
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Imagem: Divulgação – fachada da Unidade Nova Campinas