Segurança

CAMPINAS entra em Estado de Atenção por chuva acumulada nas últimas 72h

Na sexta-feira, dia 3 de janeiro de 2020, Campinas entrou em Estado de Atenção em decorrência de 94,8 milímetros de chuva acumulada no período das últimas 72 horas. A Defesa Civil de Campinas está intensificando as vistorias preventivas e o monitoramento de 18 áreas de maior risco de deslizamento e inundação na cidade. O nível do rio Atibaia também está sendo monitorado por conta do alto índice de chuvas em Itatiba e Morungaba.

De acordo com a Operação Verão 2019/2020, iniciada em dia 1º de dezembro e que se estende até 31 de março de 2020, o Estado de Atenção objetiva adotar medidas para redução dos riscos de desastres e, principalmente, minimizar as consequências das chuvas fortes e dos temporais recorrentes neste período.

O diretor da Defesa Civil de Campinas, Sidnei Furtado, explica que dados das 12 estações meteorológicas e de 29 equipamentos fornecem informações sobre índices de chuva, temperatura, níveis pluviométricos. Também informam alertas e imagens de radar, ajudam no trabalho preventivo e a direcionar as ações das equipes em campo.

“Até o momento não temos nenhum problema específico”, esclarece Furtado. Ele adianta que a chuva não foi localizada em um único ponto da cidade, mas a intensificação das vistorias visa antecipar a identificação de eventuais áreas onde o excesso de água no solo pode levar a deslizamentos de terra, queda de muros e rachaduras em casas e, até, a queda de árvores. Locais com risco de inundações, como regiões próximas ao rio Atibaia, também são controlados com mais frequência.

Na noite de quinta-feira dia 2 de janeiro, a Defesa Civil registrou acumulado de 30 milímetros de chuva na região Sul da cidade. Dado atualizado na manhã de hoje somou índice de chuva de 53 milímetros na região Noroeste.

Foram registrados alagamento em dois imóveis, um no Jardim Lisa e outro no Residencial Barão do Café; um alagamento em via na rua Ruth Fonseca de Oliveira, Jardim do Lago Continuação; e uma queda de árvore sobre casa na rua Professor João de Barros, no Parque Oziel, sem vítima. Técnicos da Defesa Civil estiveram no local e avaliaram que impacto foi leve, sem colocar em risco a construção, que foi liberada.

Cidade resiliente

No site “Campinas Resiliente”, o cidadão tem acesso a informações como alertas de temperatura e imagens de radar do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), da Defesa Civil do Estado, do Centro de Monitoramento e Alertas de Desastres Nacionais (Cemaden), do Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e desastres (Cemade), aviso de risco meteorológico, rede telemétrica (rios Atibaia, Jaguari, Capivari), sensor de alagamento de Sousas, entre outros. O site pode ser acessado no endereço https://resiliente.campinas.sp.gov.br/.

A Operação Verão, desenvolvida também em Campinas, envolve a participação das 11 entidades e secretarias municipais que compõem o Comitê Municipal de Gestão de Risco. Cada um executa sua tarefa visando aumentar a resiliência das comunidades para evitar as ocorrências graves durante o período de maior precipitação pluviométrica do ano.

Campinas é certificada pela Organização das Nações Unidas (ONU) como cidade modelo de boas práticas na construção de resiliência para a redução de riscos e desastres. Em 2016, a cidade lançou o site Campinas Resiliente, disponível para todas as pessoas interessadas em acompanhar os alertas recebidos pela Defesa Civil. Em maio deste ano, a cidade conquistou o Prêmio Sasakawa das Nações Unidas para a Redução de Desastres. É o mais importante prêmio internacional concedido a instituições que tomam iniciativas ativas na redução de riscos de desastres.

Imagem: Divulgação – foto Carlos Bassan, total acumulado de chuva desde terça-feira foi de 94,8 milímetros.

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