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CAMPINAS: Ana Salvagni comemora 25 anos de carreira no Teatro Castro Mendes

O espetáculo abre a turnê comemorativa da artista e revisita canções que marcaram sua trajetória nestes 25 anos. No show, Ana dividirá o palco com Neide, sua mãe, cantando Sussuarana e com a filha Laura, a modinha Moreninha.

Campinas será presenteada com o espetáculo “Ana Salvagni 25 anos” no próximo dia 31 de agosto, às 21h, no Teatro Castro Mendes. A voz da artista – que pode ser considerada uma ‘poeta das miudezas’ – retrata as delicadezas e sutilezas da vida em seu trabalho. Ana traz para a canção popular uma mistura de seu sotaque regional e da sua alma lírica, difícil de não se emocionar ouvindo sua música. Na apresentação, a artista juntará o seu canto e seu timbre à experiência do percussionista Dalga Larrondo, do violinista Eduardo Lobo e do violeiro Paulo Freire. Os ingressos estão sendo vendidos na bilheteria do teatro ao preço de R$30,00 (inteira) e R$15,00 (meia).

“Esse espetáculo será um momento muito especial, pois faz um resgate desses 25 anos. As canções foram escolhidas para mostrar essa trajetória, contar parte dessa história que carrega a música como pano de fundo. No show, muitas das pessoas que me inspiram e fazem a diferença na minha carreira e na minha vida estarão no palco comigo”, destaca Ana.

A apresentação promete emocionar o público em diversos momentos. Um deles será a participação de Lara Ziggiatti Monteiro, primeiro violoncelo da Orquestra Municipal de Campinas e da Orquestra Sinfônica da Unicamp. Ana também resgata suas raízes e divide o palco com sua mãe, Neide Salvagni, e sua filha, Laura Salvagni Freire. “Cantarei com minha mãe a música ‘Sussuarana’, do Hekel Tavares e Luís Peixoto, que sempre a ouvi cantar, desde pequena. E com minha filha, apresentarei a modinha ‘Moreninha’”, destaca Ana.

Além das participações, o repertório foi cuidadosamente selecionado com canções de todos os álbuns da artista, tais como “Carta pro Zé”, composição de Ricardo Matsuda, “Leilão”, de Hekel Tavares e Joracy Camargo, e Quantas Sabedes Amar Amigo, canção medieval de Martin Codax. Destaca-se, ainda, a valsa “Seresta”, que tem letra sua e música de José Eduardo Gramani, gravada originalmente no CD “Mexericos da Rabeca”, de Gramani, e, mais tarde, em seu segundo CD, “Avarandado”. Esta valsa traz ao show um significado especial, pois foi com ela que, em uma apresentação improvisada, Ana despertou a atenção do público no Festival de Música de Curitiba no início de 1994 e, a partir daí, iniciou sua carreira musical.

Um pouco mais de Ana Salvagni

No início dos anos 90, quando ainda cursava Regência na UNICAMP, começou a experimentar o canto na música popular, sendo que em 1994 subiu ao palco pela primeira vez, fazendo a sua estreia no Teatro Paiol em Curitiba (PR), junto ao Duo Bem Temperado (Patrícia Gatti – cravo e J.E. Gramani – rabecas). No mesmo ano, realizou sua primeira gravação cantando em duas faixas do emblemático CD “Trilhas”, que recebeu duas indicações ao Prêmio Sharp 1994. A partir de então, os trabalhos que marcaram a sua trajetória, além do Trio Bem temperado, foram o primeiro CD, “Ana Salvagni”, produzido por Paulo Freire; o espetáculo “Cantadeira”, ao lado de Zé Esmerindo; o segundo CD, “Avarandado”, com parceiros como Edmilson Capelupi e Toninho Ferragutti; o espetáculo “Sinhô Luiz”, com o pianista Henrique Eisenmann; o terceiro CD, “Alma Cabocla”, com canções de Hekel Tavares, direção musical de Edson Alves e premiado como Melhor Álbum Regional, pelo Prêmio da Música Brasileira 2010; o espetáculo “Janelas do Tempo”, com o grupo Choro da Mata;  até o mais recente CD, “Canção do Amor Distante”, em duo com Eduardo Lobo.

 

Repertório

Seresta – J.E. Gramani e Ana Salvagni

Canto em Qualquer Canto – Ná Ozzetti e Itamar Assumpção

Uirapuru – Waldemar Henrique

Leilão – Hekel Tavares e Olegário Mariano

Carta Pro Zé – Ricardo Matsuda

Quantas Sabedes Amar Amigo – Martin Codax (sec. XIII)

Cantiga de Amigo – Elomar Figueira Mello

Moreninha – domínio público

Sussuarana  –  Hekel Tavares e Luiz Peixoto

Beira-Mar dos Canoeiros – domínio público – Vale do Jequitinhonha

A Roseira – Waldemar Oliveira e Luiz Oliveira

Manuelzão – Paulo Freire

Lagartixa – tradicional – “Quatro” tradicional do Urucuia (MG)

Viajera del Río – Manuel Yánes

Avarandado – Caetano Veloso

 

Para ver e ouvir:

Avarandado – Caetano Veloso  https://www.youtube.com/watch?v=kUxSM0DZlH8

Lagartixa – domínio público https://www.youtube.com/watch?v=a-JDBjqWWk0

 

Ficha técnica:

Voz: Ana Salvagni | Violão: Eduardo Lobo | Viola: Paulo Freire | Percussão: Dalga Larrondo |Arranjos: Eduardo Lobo e Paulo Freire| Produção: Caju Cultura | Produção executiva: Júlia Conterno

Duração: 60 minutos / Livre para todas as idades

Contatos

Júlia Conterno juconterno@cajucultura.art.br (14) 98181.2422

Ana Salvagni anasalvagni@gmail.com (19) 99625.6191

 

SERVIÇO

Espetáculo “Ana Salvagni 25 anos”

Data: 31 de agosto – Horário: 21h

Local: O Teatro Municipal “José de Castro Mendes”

Endereço: Rua Conselheiro Gomide, 62 – Vila Industrial – Campinas

Ingressos: 30,00 (inteira) e 15,00 (meia – aposentados, estudantes, terceira idade, professores da rede pública, jovens de baixa renda, portadores de deficiência e acompanhante). Disponíveis na bilheteria do teatro para compra antecipada ou no próprio dia do espetáculo.

Telefone do Teatro Castro Mendes: (19) 3272-9359

 

Sobre os artistas

 

Paulo Freire

Um dos primeiros violeiros a levar a viola às salas de concerto do país, seu primeiro disco solo, “Rio Abaixo” (1995), ganhou o Prêmio SHARP Revelação Instrumental.  Gravou também: “São Gonçalo” (1998 – Pau Brasil), o CD/livro “Lambe-Lambe” (2000 – Ed. Casa Amarela), “Esbrangente” (2003) com Roberto Corrêa e Badia Medeiros, “Brincadeira de Viola” (infantil, 2003), “Vai Ouvindo” (2003) com Tuco Freire e Adriano Busko, “Redemoinho” (2007), CD/livro “Nuá” (2009 – patrocínio Petrobrás), “Alto Grande” (2013), “Violinha Contadeira” (2015) e “Pórva” (2016). Produziu, com Tuco Freire, o CD “Vida de Artista”, de seu pai, o escritor Roberto Freire (2005). Produziu o CD “Urucuia”, do seu mestre Manoel de Oliveira (2006). Participou do “Violeiros do Brasil”, de Myriam Taubkim (livro e DVD – Projeto Memória Brasileira – 2008). Teve seu musical “Pedro Paulo” montado pelo Centro Experimental de Música do SESC Consolação (2008). Publicou os livros: “O Canto dos Passos” (1988) e “Zé Quinha e Zé Cão, vai ouvindo…” (1993) – Ed. Guanabara, “Eu Nasci Naquela Serra” (1996 – Ed. Paulicéia), “O Céu das Crianças” (2008 – Companhia das Letrinhas), “Jurupari” (Ed. Vai Ouvindo – 2010) e “Chão – uma aventura violeira” (Ed. E-galáxia – 2019). Participou de projetos de Contação de Histórias, como “Boca do Céu” – Encontro Internacional de Contadores de História (SP), o “Simpósio Internacional de Contadores de História” (RJ) e o “Baú de Histórias”, do SESC Santa Catarina. Em 2018 lançou o CD “Viola Perfumosa”, tributo à Inezita Barroso, com Ceumar e Lui Coimbra (patrocínio Natura / selo Circus). Foi o curador da “Ocupação Inezita Barroso”, exposição do Itaú Cultural – SP.

 

Eduardo Lobo – violão

Violonista, guitarrista, compositor, arranjador e doutor em música (UNICAMP 2018), Eduardo mescla as vivências artística, acadêmica e docente. Integra o Quatro a Zero, um dos grupos vencedores do 7º Prêmio VISA (2004), com quem tem cinco discos lançados, duas turnês europeias (Portugal, Holanda e França), uma passagem pelo Guimarães Jazz Festival e turnês nacionais ao lado do bandolinista Joel Nascimento. Participou do grupo de música instrumental Ideia de Antes, com quem lançou um disco homônimo em 2014 e tocou no Brasil e Uruguai. Desde 2011 integra um duo com o pianista e pesquisador Rafael dos Santos, com quem lançou o disco “Viajante” (2016) e se apresentou no Club du Choro de Paris (2012), no Encontro da American Musicological Society em San Antonio e na Universidade da Flórida (EUA-2018). Tem se apresentado ao lado de importantes nomes da música como Toninho Ferragutti, Nailor Proveta, Carlinhos Antunes, Nelson Latif, dentre outros. Pesquisador da obra do compositor Radamés Gnattali, durante a pesquisa de doutorado realizou a digitalização, a revisão e a interpretação dos Concertos Cariocas 1 e 3, lançados em CD (2016) ao lado da Orquestra Sinfônica de Campinas. Publicou os livros didáticos para cavaquinho elaborados em parceria com educadores do Projeto Guri (SP).

 

Dalga Larrondo

João Carlos Dalgalarrondo estudou percussão erudita em São Paulo, Rio de Janeiro e Paris. Tocou na O.S.M.C. entre 1975 e 1980, lecionou percussão na UNICAMP e integrou grupos como o ANIMA (18 anos) Arrigo Barnabé quinteto (03 anos) e Mawaka (03 anos). Foi integrante do grupo Novo Ovo Novo (12 anos) e da Banda Hos Tio (02 anos). Gravou inúmeros CDs e recebeu alguns prêmios com suas composições. Foi vencedor do I Concurso Firestone de Música Criativa (Festival de Londrina) com duas peças de sua autoria “Mãos” e “O móvel” (1992). Indicado pela APETESP como uma das cinco melhores trilhas para teatro de 1989 – trilha da peça “O país dos elefantes” com a companhia de teatro CER. Com o grupo ANIMA recebeu três importantes prêmios da música brasileira – Prêmio Movimento: melhor grupo instrumental de 1998, Prêmio Melhor grupo de câmera Nacional – Associação de Críticos do Estado de São Paulo 1999 e Prêmio Carlos Gomes como o melhor grupo do ano 2000. Recebeu as seguintes críticas: “Dalga Larrondo tocou brilhantemente” – New York Times – Allan Kozinn 18/04/96 sobre sua atuação como solista frente a American Composers Orchestra no Carnegie Hall – New York – USA “Com bom humor, Dalga Larrondo fez um dos melhores momentos do Festival”- A Tarde – Luís Claudio Garrido 29/03/94 sobre sua atuação no “I Perc Pan” (Festival Internacional de Percussão) – Salvador Bahia “…Dalga Larrondo tece ritmos que parecem um sonho de criança percutindo um vaso de cerâmica … “ Alan Greenblatt – The Washington Post 04/11/2000.

Imagem: Divulgação

Mais em: Ana Salvagni e Boas Histórias Comunicação

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