Ana tinha um plano audacioso e estava decidida. Ficou escondida no quintal da casa de Cláudia, até que as luzes se apagaram. Arrombou a porta dos fundos e seguiu em frente. Tinha um objetivo: o sótão. Não queria se enredar em nenhuma surpresa pelo caminho e nem acordá-la, já que dormia no quarto dos fundos. Tudo estava planejado. Não precisava de força para carregar o computador, que descobrira estar escondido naquele lugar, precisava apenas do pendrive para copiar as provas de que ela era uma espiã.
Para seu deleite, ao entrar viu o que procurava. Espetou o pendrive e esperou. Enquanto a máquina gemia sofrendo o ataque, viu uma forma masculina escultural que a olhava fixamente. Por pouco não gritou. Não pôde. Ele já enterrava em seu braço a ponta de uma agulha, que ela identificou como um tipo de broche colorido, contendo uma droga paralisante que a levou ao chão.
Dias depois, Ana despertou em sua cama, em seu quarto. Desorientada, procurou Cláudia e descobriu que ela estava no quarto ao lado. Pelo visto, não teve tempo, descobriram seu plano. Sozinha, da janela, viu no pátio, várias pessoas trajando jalecos brancos. “Eram todos cúmplices.”, pensou, “Será que estou enlouquecendo?”
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Mais em: Nilsa M. Souza