Acordei assustado com um barulho que vinha da cozinha. Olhei para o relógio, 3h10m, virei para ver se Melinda também tinha acordado, mas ela não estava na cama. Devagar coloquei os pés para fora da cama e levantei, ainda sonolento e segui o barulho. Bem devagar fui chegando e a vi com sua camisola esvoaçante. Ela estava mais linda do que nunca. Encostada na pia sorvia um copo de água como se daquilo dependesse sua vida. Fiquei uns instantes observando-a e depois adentrei à cozinha .
— Você está tão linda que eu gostaria de te desenhar .
— Oi. Acordei você. Desculpe-me, pelo barulho.
— Para que é essa massa? Vai fazer panquecas agora?
— Não estrague o meu desejo.
— Desejo?
— Sim. E não adianta me pedir para não fazer, nem implorar .
— Eu não faria isso, mas posso te persuadir a usar as ervas?
— Sério? Vai estragar minhas panquecas.
— Não vai não. Vamos fazer o seguinte, senhora Fernandes, a senhora e o nosso bebê vão se sentar e eu vou preparar as panquecas a seu gosto: sem ervas.
Dei a volta em torno da mesa e a beijei, agradecido por ter aquela mulher em meus braços.
Nilsa M. Souza, poetisa, autora do romance Quando se (des)encontra o Amor, pela Cartola Editora e contos em diversas Antologias. Previsto, ainda para esse ano, lançamento de seus dois livros de poesias. Atriz formada pelo
Teatro Escola Macunaíma, atuou como atriz em algumas peças com o Grupo de Teatro Os Inoportunos. Formada em Letras pela Instituição Faculdades Integradas Teresa Martin (FATEMA).
Durante três anos manteve seu blog Letras Poéticas, onde publicava suas poesias e crônicas.
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