Pediatra do Hospital São Francisco de Mogi Guaçu esclarece dúvidas do que pode e não pode nos cuidados com o bebê.
Em meio a pandemia do coronavírus, as mulheres que se tornam mães embarcam em um mundo de incertezas ainda maior do que a própria maternidade. Com a chegada de um filho em um momento em que se deve ter cuidados especiais para não haver a contaminação pela COVID-19, como deve ser a rotina de cuidados desse bebê nesse início de vida?
A pediatra chefe do departamento no Hospital São Francisco Mogi Guaçu, Dra. Cintya Rissato Sabioni, explica que os atendimentos presenciais de rotina para pacientes estáveis devem ser adiados neste momento. “Os recém-nascidos de alto risco devem realizar consultas de puericultura mensalmente. Já os RN de médio e baixo risco podem ter o acompanhamento via digital, para evitar exposições dele e dos familiares”, explica a médica.
Segundo a Dra. Cintya, caso seja necessário fazer exames no bebê, é indicado que a coleta seja domiciliar. E, caso a criança tenha algum problema de saúde, preferencialmente marcar consulta no consultório médico. “É indicado evitar o pronto-socorro nesse momento de pandemia, somente em casos necessários”, diz a pediatra.
Além de cautela pela pandemia, todos os cuidados com RN e lactente devem ser mantidos normalmente. A pediatra ressalta que visitas ao recém-nascido devem ser desestimuladas. “O bebê deve ter contato físico apenas com a mãe ou parentes assintomáticos que morem na casa – e estes somente com máscara e após uso de álcool em gel”, diz a especialista em crianças.
E se mesmo com todos os cuidados os pais forem infectados pela COVID-19, a médica Cintya Rissato Sabioni explica como agir com o bebê. “A mãe deve amamentar normalmente pois não há evidências de transmissão via leite materno. Caso o pai ou demais moradores da casa sejam infectados, todos deverão fazer isolamento domiciliar reservado para não ter contato com o bebê nem qualquer outra pessoa da casa”, conclui a pediatra.
A médica ainda chama a atenção para manter a carteirinha de vacinação em dia. “É imprescindível que o documento esteja atualizado pois as outras doenças ainda existem e essas crianças precisam estar protegidas por completo”, conta.
Uso de máscara e passeios
A máscara que já se tornou vestuário na vida dos adultos, de acordo com a especialista e crianças, porém, não é recomendada para crianças menores de dois anos “Crianças até essa idade não devem utilizar máscaras devido ao risco de sufocamento e a partir dessa faixa etária, pode-se utilizar sob a supervisão de adultos. Nesse caso é indicado evitar sair de casa “, fala a médica.
Nesse momento deve-se ser evitado todo e qualquer local com aglomeração – isso inclui mercados, shoppings, bancos. Mantendo todas as orientações de proteção pessoal, é indicado passeios ao ar livre em áreas que não tenham aglomeração, como praças ou parques abertos.
Sobre o Hospital São Francisco de Mogi Guaçu
Com mais de 30 anos de história, o Hospital São Francisco teve seu início em 1986 com um grupo de médicos que partilhavam do mesmo objetivo de criar um hospital moderno, com equipamentos inovadores e aliado a um atendimento de qualidade que preza pelo conforto e bem-estar de seus pacientes. O projeto inicial com 35 médicos-sócios hoje conta com mais de 100, além dos 600 funcionários, 7.500 atendimentos no pronto atendimento e as 600 cirurgias realizadas mensalmente.
Imagem: Divulgação – Foto de Raul Angel no Unsplash
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