A pandemia do novo Coronavírus segue, em diferentes fases, como realidade no mundo inteiro – novos surtos; segunda onda onde se acreditava controlada; variações nas formas de contágio, dentre outras descobertas científicas. A Covid-19 alterou a rotina de bilhões de pessoas, que por sua vez, estão aprendendo a conviver com o “novo normal”. Rotinas de trabalho, relacionamentos interpessoais e familiares, lazer, toda a rotina compulsoriamente teve que ser adaptada, o que em muitos casos acabou sendo motivo de forte stress, já que não se esperava algo dessa magnitude.
O Brasil se encontra em um momento que estão denominando como platô da pandemia, ou seja, chegou-se a um estágio em que novos casos permanecem estáveis, porém o número continua alto. O número não está aumentando e a expectativa é que se viva por mais algum tempo nesse platô até que os registros comecem a baixar. Isso não significa que a pandemia está sob controle, e sim que ela se estabilizou, os cuidados precisam ser preservados e a rotina de isolamento permanece.
De acordo com os números no Ministério da Saúde, atualizados até a quinta-feira 06/08, o Brasil acumula 2.859.073 casos confirmados, dos quais resultaram 97.256 vítimas fatais da doença. Em média, está no patamar de 1.000 novos infectados por dia e uma taxa de letalidade de 3,4%, índices ainda bastante significativos, que mantém o país em 3º lugar no ranking mundial de novos casos.
Retrato desse cenário de aumento de casos é o sul do país, em descompasso com outras regiões, como o norte e o nordeste, que atingiram índice muito próximo a 1 contágio por cada paciente, o que significaria o controle da transmissão da doença.
Diante desses fatos e com a expectativa das vacinas apenas para meados de 2021, o que resta é adaptar-se ao Novo Normal, como vem sendo chamado o “novo modo de vida” decorrente da pandemia. Isso significa ajustar rotinas, encontrar soluções criativas para viver, trabalhar e cuidar de familiares (pais, avós, crianças) no mesmo local. Em resumo: calcular riscos e encarar a situação de frente.
Os profissionais da área de psicologia vêm constantemente alertando as pessoas de que é necessário trabalhar sentimentos como ansiedade, estresse e pessimismo. Sugerem tentar substituir esse conjunto negativo de sensações por uma postura mais forte e ativa, através de resiliência, persistência, esperança e principalmente inteligência emocional, tendo como uma das principais ferramentas a meditação, para que se encontre o equilíbrio diante do desafio imposto pelo Coronavírus.
É de grande valia que a conscientização das pessoas ocorra de maneira muito incisiva, pois com a flexibilização que muitos estados e municípios estão impondo, se não houver aderência e respeito às normas, os próprios cidadão estarão contribuindo para deixar o país vulnerável a uma segunda onda da pandemia, que traria resultados ainda mais desastrosos sob todos os aspectos, tanto sociais quanto econômicos. E muitos desses novos casos não resultam apenas da flexibilização, mas principalmente da falta de cuidados individuais.
A expectativa do empresário José de Moura Teixeira Lopes Junior “é que haja colaboração tanto do poder público quanto dos cidadãos, o que será fundamental para que não caiamos novamente em medidas restritivas mais severas”. De acordo com Moura Junior, uma segunda onda “seria avassaladora para um contingente de pessoas que já perdeu seus empregos e estão passando por dificuldades até para colocar comida na mesa”.
O caminho apontado por Mourinha, como o empresário é conhecido, é de extrema relevância, uma vez que a flexibilização da abertura do comércio, em algumas regiões, trouxe consigo um aumento de casos, ocasionados principalmente pelo relaxamento das proteções individuais e da grande aglomeração. Daí a necessidade da colaboração consciente da população. “Cada cidadão, além dos cuidados com sua própria rotina, deve contribuir para esse processo geral de conscientização das pessoas.”
O que tem se demonstrado eficaz, dentro da atual flexibilização, são as pessoas se concentrarem e organizarem suas bolhas, onde o convívio com pessoas que compartilham dos mesmos cuidados e com rotinas parecidas vem sendo a alternativa para a quebra das barreiras e a utilização da tecnologia, ferramenta que conquista cada vez mais espaço nas famílias, para comunicação, educação e entretenimento.
Vale lembrar que se assume o risco ao se expor ao contato de pessoas fora do âmbito familiar de convivência. Por isso é necessário observar, analisar e assumir a responsabilidade de procurar ajuda médica, caso sinta qualquer sintoma da doença, entre os quais os mais comuns são falta de paladar olfato, além de aumento da temperatura corporal, dor de garganta, tosse e cansaço.
Imagem: Divulgação
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