Docente do UniMetrocamp Wyden, Doutora em Enfermagem, especialista em Enfermagem em Estomaterapia mostra o porquê de o Ministério da Saúde e o INCA desaconselharem o autoexame.
Os números de casos de câncer de mama têm aumentado mundialmente, mesmo em países onde sua incidência era mais baixa, segundo pesquisadores o aumento dos fatores de risco tem contribuído para prevalência, principalmente no que se refere às mudanças no estilo de vida, como: sedentarismo, aumento de peso, diminuição do número de partos e da amamentação. Segundo a Agência Internacional de Pesquisa em Câncer (IARC), o câncer de mama pela primeira vez é o mais comum no planeta, ultrapassando o câncer de pulmão, que é o segundo tipo mais prevalente. Estima-se que 19,3 milhões de casos novos foram diagnosticados em 2020 (IARC, 2020). Tendo em vista as alarmantes estatísticas, a prevenção contínua é um fator muito importante, entretanto temos um movimento internacional de prevenção no mês de outubro, também conhecido como Outubro Rosa.
O movimento Internacional de conscientização com foco no controle do câncer de mama foi criado no início da década de 1990. O objetivo? Compartilhar informações e promover a conscientização sobre a doença; proporcionar maior acesso aos serviços de diagnóstico e de tratamento e contribuir para a redução da mortalidade. “Por muito tempo, durante a campanha, houve o estímulo a realização do autoexame das mamas para que as mulheres pudessem identificar e tratar precocemente o câncer, entretanto, o que muitas pessoas não sabem é que essa prática foi desaconselhada pelo Ministério da Saúde e o Instituto Nacional de Câncer (INCA), há mais de uma década”, afirma a doutora em enfermagem e docente do UniMetrocamp Wyden, Valéria Masson, que ressalta o quanto ainda é propagada a forma errada por meio do autoexame.
Segundo ela, ainda hoje é comum as pessoas se depararem com a recomendação de autoexame das mamas e região da axila mensalmente. “Muitos médicos sinalizam que é importante para descobrir precocemente um tumor, porém na maioria dos casos, ao palpar as mamas é muito difícil realizar um diagnóstico precoce, ou seja identificar pequenos caroços (com cerca de 1 cm) ou que ainda estejam restritos ao ducto mamário. Nesse estágio inicial, a chance de “cura” é aumentada em 95%”, reitera a docente.
Valéria reforça que, no autoexame, geralmente a mulher só encontra tumores com mais de 2 cm, o que significa que o câncer já pode estar em um nível avançado. Por isso, a recomendação é que a mulher continue apalpando as mamas e também observando prováveis alterações ao espelho, sempre que se sentir confortável para tal. Seja no banho, seja no momento da troca de roupa, seja em outra situação do cotidiano, o ideal é que a mulher não se preocupe com técnica ou momento do mês específico”, destaca. Ela explica que o problema de realizar o autoexame de forma “metodizada” é que, ao apalpar e não encontrar nada, a pessoa pode acreditar que não tem problema algum e deixar de realizar os rastreamentos de rotina que detectariam a doença precocemente, como a mamografia, ou deixar de procurar um profissional de saúde.
“Apalpar os seios em casa é indicado apenas como uma forma da pessoa conhecer seu próprio corpo e procurar um especialista se encontrar algo diferente. Não é considerado um exame preventivo. Quando falamos em prevenção, devemos enfatizar os hábitos saudáveis [não fumar e beber], dieta equilibrada, prática de exercícios frequente e a visita regular ao ginecologista. Enquanto no autoexame é difícil identificar um tumor em estágio inicial, na mamografia é possível encontrar pequenos nódulos irregulares e diminuir o número de mortes relacionadas ao problema”, conclui.
Sobre o Centro Universitário UniMetrocamp Wyden
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