Saímos cedo para avaliar o local do roubo. O chefe do meu amigo Fernando patrocinaria a empreitada. Eu não o conhecia, mas conhecia Fernando, que era meu amigão. Nele eu podia confiar. Depois de andarmos pela redondeza e nos certificarmos que o diamante estava realmente na galeria, voltamos para o local de encontro. Depois de muito planejar, roubamos o diamante e fomos para o local combinado. Era uma casa que pertencia a um comparsa que estava viajando. Paramos o carro em frente ao local e entramos. Não havia ninguém, era só eu e ele. A casa parecia abandonada. Meu amigo foi otimista e disse que seu chefe logo chegaria, afinal quem não queria ver o diamante. Pegou dois copos da prateleira, que ficava sobre a pia, encheu com um líquido, que parecia cachaça e me entregou um copo. Ele brindou ao roubo. Assim que peguei o copo e tomei um gole, senti uma picada no meu pescoço. O miserável, o chefe dele estava ao meu lado com uma seringa na mão. Que absurdo! O chefe era meu antigo inimigo. Fui traído pelo meu próprio amigo. Aos poucos, sucumbi e morri. Não antes de constatar que não há honra entre ladrões.
Contatos:
Twitter: @nilsamaria
Instagram: @nilsamsouza
Imagens: Divulgação
Mais em: Nilsa M. Souza