Literatura

Margaridas

Fui convidada para uma sessão de fotos para uma linha de cosméticos. Informei minha agente que eu aceitaria o trabalho, pois seria um trabalho rápido, fazendo caras e bocas diante de um balcão improvisado cheio de potes de cremes, perfumes e maquiagens. Mas não foi o que aconteceu.

O carro que veio me buscar seguiu em direção ao interior de São Paulo. Depois de algumas horas, entrou por uma estrada coberta por bambus plantados dos dois lados, que se cruzavam acima fazendo uma copa sombreada. Um lugar lindo. Pedi para fotografar, mas não me deixaram descer. No fim da estrada uma casa estilo holandesa. O cheiro suave de flores do lugar penetrava minhas narinas e tudo parecia um sonho. O carro estacionou em frente a casa onde havia inúmeras pessoas, câmeras e apetrechos de filmagens. A contra-regra me chamou e eu a segui.

Na parte de trás da casa o cenário mais lindo que já vi. Uma plantação de margaridas brancas a perder de vista e no meio um carreador estreito por onde eu, por ímpeto e felicidade corri através dele, como se fosse criança e estivesse em um sonho. E estava. Acordei em minha cama, como todas as manhãs.

Nilsa M. Souza

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