Gastronomia

FRANÇA: Paul Bocuse, o cozinheiro do século, morre aos 91 anos

Bocuse foi um dos criadores da Nouvelle Cuisine e chef mais famoso de seu país, cultivando uma cozinha baseada em preparações simples, ingredientes frescos e regionais. “A gastronomia está de luto”, diz ministro francês.

Paul Bocuse foi para a gastronomia o que Coco Chanel foi para moda, simplificando e elevando a culinária à condição artística. O lendário chef francês morreu neste sábado (20/01) aos 91 anos.

“Paul Bocuse morreu, a gastronomia está de luto. O senhor Paul era a França. Simplicidade e generosidade. Excelência e arte de viver. O papa da gastronomia nos deixou”, disse o ministro do Interior francês, Gérard Collomb, em mensagem postada no Twitter.

Paul Bocuse é uma lenda culinária. Seu restaurante “Auberge du Pont de Collonges” vem sendo premiado com três estrelas do guia Michelin desde 1965, sem interrupção. Na década de 1970, o chef aperfeiçoou a Nouvelle Cuisine e cultivou uma cozinha baseada em simples preparações, ingredientes frescos e regionais.

Nascido em 11 de fevereiro de 1926 em Collonges-au-Mont-d’Or, perto de Lyon, foi escolhido pelo guia Gault et Millau como o cozinheiro do século. Bocuse estreou nos fogões aos 10 anos, num negócio de sua família, e só abriu seu próprio restaurante em 1958, recuperando o estabelecimento familiar L’Auberge du Pont, que foi rebatizado por ele como Paul Bocuse.

O ponto de inflexão em sua carreira aconteceu na década de 1970 com a Nouvelle Cuisine, corrente gastronômica que se tornou o pilar da modernidade culinária, graças em parte ao seu livro “A cozinha de mercado”.

Criador em 1987 do Bocuse d’Or, prestigioso concurso bienal de gastronomia, esta lenda dos fogões franceses contribuiu também para a formação de sucessores com a fundação, em 1990, do Instituto Bocuse, com sede em Lyon.

Completou seu aprendizado como chefe de cozinha com a chef três estrelas Eugénie Brazier, em Lyon. Muitos de seus alunos eram até conhecidos chefs, entre outros, Eckart Witzigmann e Heinz Winkler.

Imagens: Divulgação/GettyImages

Mais em: Deutsche Welle

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