No meu aniversário, combinamos de nos encontrar no parque. Nesse dia tínhamos direito a fazer uma loucura. A minha foi visitar uma caverna. O céu estava claro. Sol forte. Nos encontramos no portão principal. Nosso guia nos conduziu. Sim, parecíamos pessoas confiantes, mas éramos uns medrosos.
Caminhamos por lugares inóspitos, no meu ponto de vista, porque para o guia tudo era uma maravilha. A cada planta diferente, ele parava para nos contar sobre ela e, às vezes, nos fazia experimentar.
Enfim chegamos, e começamos a adentrar na caverna escura e de repente nos vimos escorregando por um limbo que nos levou ao fundo, a mais de 10 metros da entrada. Então vi uma mulher de cabelos longos esvoaçantes, que iam até os joelhos. Falava uma língua diferente que eu não consegui identificar. Cláudio e o guia estavam desmaiados. Eu, um pouco tonta. Ela me pegou no colo, voou comigo para a entrada da caverna, depois fez o mesmo com meus amigos. Nos acomodou, cantou uma canção parecida com um canto gregoriano e eu adormeci. Quando acordei estávamos longe da caverna, na trilha por onde passamos. Somente eu a vi. Não sei se aconteceu ou foi efeito da planta que comi.
Contatos:
Twitter: @nilsamaria
Instagram: @nilsamsouza
Imagens: Divulgação
Mais em: Nilsa M. Souza